quinta-feira, 14 de julho de 2011

A mulher infiel - parte 2

Continuação de:


Dito isto, foi-se embora, e eu liguei para o detetive repassando as instruções do nosso cliente. Não presenciei tudo o que vou passar a narrar agora, mas reproduzo, com a maior riqueza de detalhes, o que me foi contado por Luis Olavo, o que assisti nos vídeos e o que li nas transcrições das conversas.


Conta ele que, após a viagem, estava tomando café da manhã com sua infiel esposa, quando a empregada trouxe a correspondência. Entre os envelopes remetidos a ela, destacou-se um, grande, de papel encorpado, vermelho vivo. Evidente que foi este o primeiro que ela pegou, e ao abri-lo, não pode conter sua expressão de espanto. Indagada pelo marido sobre o conteúdo da carta, ela disfarçou, dizendo que era propaganda de uma loja de uma amiga etc. etc.


O marido deu-se por satisfeito com a explicação, ainda mais que sabia o conteúdo do envelope, que ele mesmo havia postado no dia anterior. Havia uma foto dela beijando o personal fucker, e uma folha com os seguintes dizeres:
“ACESSA O SITE: eutraiomeumaridocomopersonal.com.br
Depois de ver, me adiciona no MSN:
euqueroteudinheiro@hotmail.com, que nós temos coisas para conversar.

Luis Olavo saiu para trabalhar e a megera correu ao computador, olhou o site onde era a personagem principal das fotos e de alguns filmes, adicionou o estranho endereço aos seus contatos do MSN e ficou esperando cerca de dez minutos, quando se travou o seguinte dialogo:
- q vc quer?
- R$.
- Qto?
- Muito!
- Onde vc obteve aquelas fotos?
- Eu vivo disso...
- Vc invadiu minha casa?
- Vc pode dar queixa na polícia
- Q vc vai fazer? Vai me extorquir.
- Baixa a tua bola, q qm ta no comando sou eu, a ñ ser q vc queira q teu marido saiba o qto ele é corno.

- Claro q não, desculpa. Vamo conversa. Em q eu posso t ajudar?
- R$ 15 mil p/mês já me ajuda.
- Não tenho essa grana
- Então trabalha e consegue.
- Minha mesada é de R$ 10 mil, mas eu tenho conta pra pagar
- Eu sei, o consórcio do carro do teu amante, o aluguel da sala, o jabá do negao que te come...
- Q vc tem a ver com isso?
- Eu ñ quero q tu gaste o meu dinheiro com bobagem. Qto tu tem disponível?
- Uns 5 mil
- Então me da os 5 e mais uns 20 em jóia. A 1ª prestação é mais cara, pra pagar meu investimento. Deixa lá na 'nossa' salinha que eu tenho a chave.

E a conversa foi encerrada. Luis Olavo havia viajado à Europa, onde havia comprado, de forma anônima, uma linha de acesso remoto à internet de abrangência internacional, e um laptop poderoso, de forma que não havia como rastrear seu endereço de IP. Além disso, também de forma anônima, por uma companhia “off shore”, havia alugado uma sala ao lado da garçoniere da traíra, onde instalara seu centro de comunicações e sua base de operações.
Naquela mesma tarde, a infeliz esposa deixou o dinheiro e algumas jóias, que perfaziam valor superior ao desejado pelo chantagista. À noite, em casa, Luis Olavo, atencioso como sempre, disse à esposa:

- Meu amor, não esquece que temos o casamento da filha do meu sócio na sexta feira à noite. Eu gostaria que você estivesse deslumbrante, como sempre, e usasse aquele conjunto de brincos e colar que eu te dei no natal.
- Claro, são lindos e eu adoro eles. – Respondeu a esposa, maldizendo a infeliz coincidência. Quase não dormiu a noite, e no dia seguinte postou-se frente ao computador, esperando que euqueroteudinheiro@hotmail.com aparecesse “on line”:
- Preciso q tu me devolva as jóias;
- Ñ vou t devolver o q já é meu;
- Eu te compro de volta...
- Tu ñ tem dinheiro
- Mês que vem eu tenho
- Mês que vem tu me deve mais 10
E seguiram discutindo, até q ele apresentou uma solução.
- eu tbm agencio programas pra garotas; tu já é coroa, mas continua gostosa, pode trabalhar pra mim

- q tu pensa q eu sou?
- Puta, ou tu te acha melhor q aquelas q fazem ponto na rua?
- Pq tu ta fazendo isso?
- Por grana. Tu vacilou, agora vai ter q rodar a bolsinha pra comprar o silencio do papai aki. Olha só: as jóias vão estar na nossa salinha. Vamos usar a tua sala pra receber os teus clientes. Depois t passo as instruções.

De fato as jóias estavam lá, mas Layse cometeu o erro de achar-se esperta. Foi a uma loja de eletrônicos e instalou uma câmara, no afã de descobrir quem era seu algoz, e agora cafetão. Dois dias depois, gelou, quando a empregada entregou ao marido um envelope igual ao que recebera. Antes que ela pudesse arrancá-lo das mãos, ele abriu, leu seu conteúdo, deu um sorriso e disse:
- O que esses filhos da puta não fazem pra instalar vírus no computador dos outros. Olha só esse papel que veio dentro do envelope.

Layse, tensa, agarrou o papel, e ficou lívida ao ver seu conteúdo: “ ACESSE O SITE: tuaesposaestatetraindo.com.br”, e comentou:
- Ainda bem que tu é esperto e não cai neste tipo de bobagem. Tem hacker que tá milionário só aplicando esse tipo de golpe. – E amassando o papel, inventou uma história de uma amiga que havia sido lesada na internet.
Pouco tempo depois, no MSN, ela reclama:
- seu fdp, pq tu foi falar pra ele? Ainda bem q ele acreditou em mim e ñ entrou no site ...
- pq tu quis me foder; tu instalou uma porra de câmara na salinha, pra me descobrir...

- desculpa, mas eu to desesperada; de uma hora pra outra eu tenho que virar puta pra pagar um chantagista ...
- puta! Faz muito tempo q tu é puta, a diferença é que agora tu vai cobrar pra foder, e o dinheiro vai ficar cmgo.
- desculpa, eu sei; só ñ entra em contato com meu marido sem falar cmgo antes, ñ destrói meu casamento.
Eu ficava imaginando o deleite de Luis Olavo ao teclar com a própria mulher, causando-lhe desespero. Luis Olavo não era milionário de graça. Ainda que tivesse recebido uma gorda herança dos pais, foi sob o seu timão que as suas empresas cresceram. Pude perceber em várias ocasiões seu tino negocial, e a sua determinação a levar adiante uma estratégia bem montada, que abrangia sempre todos os detalhes. Meu cliente era mestre em planejamento e em estratégia.

Luis Olavo inscrevera a mulher em sites de relacionamento e sites pornográficos, em que só ele tinha acesso, descrevendo-a como “socialite” que quer se prostituir para escapar da monotonia do casamento. Mesmo cobrando caro, choveram candidatos, os quais ele selecionava e se correspondia, tudo via internet.
- te prepara q amanhã é o teu primeiro programa; tu tem cliente as 14 e as 15:30;
- 2 clientes? Tu tá louco?
- Pra começar 2 tá bom; depois, quando a coisa engrenar, eu quero que tu atenda das 14 as 18, 4 por dia.
- Quando isso vai acabar?
- Não vai acabar. Só acaba quando teu marido descobrir. Até lá vou garantindo o meu R$$$$.
- Eu não vou aguentar ...
- Guenta, eu sei que tu guenta ...

O vídeo da vigarista recebendo seu primeiro cliente foi cômico, se não fosse trágico. Eu já estava com pena de Layse, pois a vingança do marido era extremada. Mas não me cabia dissuadir um homem determinado. Ela esperava de cinta liga vermelha, tal qual uma dançarina de can-can, e abriu a porta para um senhor de uns 60 anos, que já entrou de pau duro, possivelmente efeito do Viagra. Eles conversaram pouco, e o velho passou a mão e a língua pelo corpo todo. Tentou beijá-la, ela desviou o rosto, ele ofereceu mais R$ 200,00 para incluir os ósculos no programa, que ela aceitou constrangida. Ele fartou-se em beijá-la, e ainda mais em comê-la. Por efeito da medicação, o pinto manteve-se ereto, e até o final da primeira hora, o homem ainda não havia gozado.

Tal qual uma puta experiente, Layse encerrou o programa:
- acabou a tua hora, querido.
- Eu te adorei, e vou te querer de novo.
Tocada com o carinho que o senhor lhe dedicara, a puta despediu-se beijando-o na boca com ternura. Sozinha, cai em pranto sentido, mas o adiantado da hora lhe indicava que devia se preparar para receber o outro cliente do dia. Na hora marcada, entrou um jovem gordo, acima dos 100 kg, que mal olhou no seu rosto. Fez com que ela lhe chupasse o pau, e quando o sentiu suficientemente ereto e consistente, comeu-lhe de quatro, gemendo alto na hora de gozar. Ao todo, esse segundo programa não durou mais que 20 minutos.

Humilhada, a esposa infiel chorou muito, enquanto seu marido, que reproduzia a cena ao meu lado, acumulava suas vitórias.
Os clientes foram aumentando, muitos deles se tornando regulares, de forma que se instaurou uma rotina de trabalho, que eram justificadas para o marido como atividades assistenciais junto à ONG Parceiros Voluntários. A primeira vítima foi o personal trainer, que agora só treinava, e não mais fodia. O horário de ginástica era o momento de catarse em que Layse consumia nos ferros que puxava a energia dos seus dissabores. A renda, ao contrário, se mantinha estável, pois a putaria garantia quase que integralmente a justa remuneração do chantagista, enquanto que guardava para si boa parte da mesada do marido.

Layse também perdera o interesse pelo porteiro, e dispensou-o definitivamente após a segunda brochada, encerrando uma relação de dominação libidinosa que, mais tarde vim a saber, começara quando ela tinha 12 anos e corria nos corredores do prédio dos pais atrás do pedófilo.
Mas a vingança de Luis Olavo ainda não estava completa, e ele surpreendia pela capacidade de imaginar novos ingredientes, que a colocavam em cheque, tendo que inventar as mais deslavadas mentiras. De um lado, Luis Olavo, como marido, planejara com a mulher e filhos uma sonhada viagem para Disney. De outro lado, Luis Olavo, como chantagista, proibira Layse de viajar, para que suportasse a decepção dos filhos. Assim foram vários eventos, todos manipulados por Luis Otávio, que a colocava em saias justíssimas, mas sempre se mostrava compreensivo com suas esquivas.

Contou Luis Otávio, que para aumentar a culpa da mulher, a tratava de forma amorosa e compreensiva, interessando-se por seus assuntos, perguntando-lhe sobre suas atividades e obrigando-a a mentir e esticar suas mentiras. Ela, como que em retribuição à compreensão do marido, esmerava-se nos carinhos e carícias, usando a devoção aos deveres do casamento para espiar suas culpas.
Já no puteiro que se transformou a sala alugada, Layse se especializava a cada dia, atendendo bem seus clientes, esperando o carinho de alguns, até mesmo gozando com outros.

Trabalhando bem, e rendendo bem, o tom da chantagem havia mudado, e até se permitiam algumas intimidades:
- Tu é brocha? Ou tu é viado?
- Pq?
- Pq tu nunca quis me comer. Tu é o único cafetão q ñ come a tua puta.
- Se eu for comer todas as putas q trabalham pra mim, meu pau se aposenta logo.
- To loca pra dar pra ti, arranja um jeito.
Layse tinha planejado que, se seduzisse o chantagista, assim como seduzira seu marido e muitos de seus clientes, poderia voltar a dominar a situação e acabar com aquela dependência. Luis Olavo aceitou a provocação, e mandou a seguinte mensagem:
- amanhã eu vou te comer; usa a roupa e a máscara q eu vou deixar na salinha; ñ quero q tu veja meu rosto;

Ele tomou todas as precauções para que ela não o identificasse. Comprou para ela uma roupa de couro, tipo mulher-gato, com aberturas apenas nos seios, na bunda e na buceta. Fazia parte da fantasia uma máscara, cujos olhos ele tratou de vendar, deixando apenas a fenda no lugar da boca, caso decidisse que ela chuparia seu pau. A fantasia também continha luvas, para que ela não caísse na tentação de aranhá-lo com suas unhas compridas, e acabasse por fazer uma cicatriz que o desmascarasse. Em relação a si, banhou-se de perfume diferente e comprou um aparelho que distorcia sua voz, parecendo a de Darth Vader, de Guerra nas Estrelas.

Instalou-se na sala contigua, e quando se certificou de que ela vestira a caráter, e estava completamente vendada, entrou na alcova. Ver a mulher, vestida na forma da mais sensual vilã dos HQ´s já o deixou excitado. Quando ela tentou beijá-lo, numa tentativa sincera de sentir o gosto daquele que agora era seu senhor, ele rejeitou-a, humilhando-a, dizendo que não beijava boca de quem chupava tanto pau quanto ela. Ela desafiou:
- Então me bate, me fode, me mostra que o meu dono é um garanhão.
Não foi preciso pedir duas vezes. Ele descarregou a raiva que sentia da traidora em violentas bofetadas, que mesmo amortecidas pelo couro da fantasia, a excitaram ainda mais, ainda que a dor fosse intensa.

Ele continuou batendo com força, e em resposta ouvia gemidos que o provocavam ao extremo:
- delícia ... – ou ainda – bate gostoso ...
Chegaram ao extremo da excitação, quando nenhum mais agüentava esperar a cópula, ela se rendeu:
- Me come, que eu não agüento mais de tesão e de dor;
- Tu foi boazinha, vou deixar tu escolher: no cu ou na buceta?
- Primeiro na buceta, depois no cu, depois na boca, pra eu sentir a tua porra

Olavo vestiu a camisinha no pau, que nunca estivera tão duro e tão grosso, Colocou-a de quatro sobre o divã, a fenda dos fundilhos exibindo as partes íntimas, e diferente do que a esposa sugerira, enfiou tudo no cu, numa estocada só, violenta.
- Aiii! Tu me rasgou toda, ta doendo pra caralho.

Ele continuou estocando-a, bombando seu pau dentro de um cu que ainda não estava tão acostumado a levar tanto ferro. Ela sentiu muita dor, e pouco prazer, que se tornou mais intenso enquanto ele gozava, que também a levou ao orgasmo.
- Seu filho da puta, me arrebentou toda.
- Tu mereceu. Agora to indo embora.
- Assim, sem beijo? Deixa ao menos eu chupar teu pau ...
Sem tirar a camisinha, ainda suja de sangue, com gosto de merda, ele pôs o membro na boca da vagabunda, que fez cara de nojo e tentou recuar, mas as mãos do marido seguraram a sua cabeça, e a mantiveram por longos minutos. Em seguida, ele foi embora sem dar adeus, e ela mais uma vez caiu em pranto, pois seu plano de sedução havia falhado e, pior, sentia-se atraída pelo chantagista que estava destruindo a sua vida.

Outras seções de blondage se repetiram, mesmo porque Layse insistia:
- meu cu ta esperando a tua pica grossa, vem me comer
ou então
- faz tanto tempo q eu ñ gozo ctgo q vou descontar num cliente
A puta perdera todo o amor-próprio. A vingança estava concluída, pensava eu. Quando Luis Olavo veio ao meu escritório, e contou esse último episódio, eu disse:
- Agora já chega. Temos material de sobra pra destruir com ela. Deixa eu chamá-la pra propor um acordo. Ela aceita qualquer coisa pra acabar com essa humilhação.

- Agora vem meu lance final. Mais um tempo e estará tudo resolvido. 
- Eu to fora desta, não sou mais teu advogado.
- Calma, que tu vai gostar da solução. Não vou precisar pagar nada pra essa puta.

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